Escopro e luz de Maria João Cantinho
Escopro e luz
Mergulhar na lenta flor da solidão
e trazer à tona o poema
que se constrói a fio de prumo
palavra sobre palavra, exacto,
é preciso deixá-lo tomar o seu rumo.
É preciso aprender a respirar
Ouvir o som do vento
abrir a porta, deixar entrar o canto das aves
o fruto mais vivo das árvores
poema feito de matéria simples.
E é preciso apagar-se o artífice
que talha a linguagem
com o seu escopro
atento às vozes do passado
e do puro presente
que se faz luz no poema.
mjc
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