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Vida - Um Poema de Fernando Cabrita

Vida - Um Poema de Fernando Cabrita

Tudo o que cabe numa vida, na Vida. Um poema que celebra a passagem do tempo. Poema ou intempérie, um autocarro-navio onde nada se recupera mas tudo é presente, como nota Sara F. Costa. Árvores que descem até à mais remota infância, acendem muros e fragmentam a fulgência por haver, criaturas que percorrem os dias e mudam o mundo, porque o mundo mudou / dizíamos / mas o mundo não mudou - / mudámos nós. / E mudámos nós o mundo, essas raparigas que esperavam no outono ou nas estações dos autocarros e que eram olhos azuis do mundo que tudo viam e celebravam a cada chuva. Um poema como um rio, uma margem, um túnel de que saíamos puros ao outro dia. Pois que na poesia, como no poema, como na memória, ninguém morria. Não havia idade. Tudo era de sempre e para sempre e nenhum verão deixava de chegar e nenhuma primavera era menos do que para a eternidade que houvesse.

Como sublinha Joaquín Gonzalez, do Colectivo Surcos e Creaturas Literarias, de Sevilha: señalar que los versos que desde aquí subrayamos son tan felices, que al leerlos, uno ya los considera de alguna manera como suyos. También resaltar la excelente memoria del poeta que hay en Fernando, que no olvida ni lo bueno ni lo malo, para cantarle una vez pasado el tiempo.

Eis a viagem, em que viajámos em espírito como puros espíritos que éramos. Por isso, quando já nada nos salva, quando já nada temos, O Mom and Dad!, nem o amor nem a justiça, nem sequer a força e o Pai morreu há muito e a Mãe morreu há muito -- talvez só a poesia nos salve.

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